Lucas chupando dedo |
Tanto a chupeta quanto o dedo acalmam o bebê, que usam esse "método" desde nosso ventre. É um hábito que geralmente vai embora sozinho quando a criança desenvolve outras formas de se confortar, por volta de 4 ou 5 anos, embora muitas delas acabem chupando o dedo à noite ou em situações de mais ansiedade ou estresse por anos ainda.
Segundo especialistas, nem um nem outro é recomendado, tanto pelo fato de que possa atrapalhar na dentição, quanto porque nesse tempo o bebê poderia estar mamando no peito (pra quem amamenta claro), obviamente que nenhuma mãe vai deixar de amamentar seu bebê e enganá-lo com o dedo, mas o ato de amamentar não se resume em alimentar e sim numa ligação entre a mãe e o bebê (pode-se ordenhar o leite antes para deixar ele matar sua vontade de sugar).
Porém entre os dois, ao contrário do que se costuma acreditar, os danos causados pela sucção prolongada de dedo ou de chupeta são bem semelhantes. A sucção do dedo, contudo, se assemelharia mais ao peito (figura ao lado) por ser intra corpórea, ter calor, odor e consistência mais parecidos com o do mamilo e pelo fato de ficar praticamente na mesma posição do bico do peito dentro da cavidade bucal (próximo ao ponto de sucção, no fundo da boca). A língua vem para a frente durante a sua sucção, como acontece com o mamilo na ordenha do peito materno e o padrão de respiração nasal é mantido. Por tudo isso, a orientação de substituir o dedo pela chupeta não faz sentido.
O bebê chupa o dedo desde a barriga e, durante o seu desenvolvimento, especialmente nos períodos de desconforto e irritação provocados pela erupção dentária (que inicia a partir dos 4-6 meses até em torno dos 3 anos, quando a dentição decídua está completa), é normal que ele leve um ou mais dedos à boca. Nessa fase devemos proporcionar variedade de estímulos, como alimentos de consistência dura, mordedores, além de brincadeiras diversas, atenção, carinho, paciência e peito; a fim de que o hábito cesse espontaneamente.
Dados epidemiológicos mostram que apenas 10% das crianças chupam o dedo prolongadamente enquanto 60 a 82% chupam chupeta e 4,1% associam os dois hábitos.
Há muitas vantagem em deixar o bebê chupar o dedo em vez de usar uma chupeta: os dedos estão sempre disponíveis, não caem no chão, não são presos de forma potencialmente perigosa à roupa da criança e estão sempre sob o controle dela. Já o contra além dos citados anteriormente, seria a dificuldade de deixar o hábito. Eu acredito que a história "pelo menos a chupeta você pode jogar fora, o dedo não" não é correta, porque não podemos simplesmente jogar a chupeta fora (por experiência pessoal com o Luan, que chupou chupeta até os 3 anos), se tentarmos eles vão chorar a noite toda (acreditem, eles podem!). Meu filho mais vejo só deixou a chupeta quando entendeu que ela estava causando mal para ele mesmo, em sua primeira visita ao dentista ela falou como os dentes dele estavam crescendo feios e mostrou um ursinho com a dentição perfeita e disse "a que pena, o seu dente não está como o do Tigrão", na volta pra casa ele me disse que ia deixar de chupar chupeta e eu falei "então joga for, quero ver", no mesmo instante ele pegou a chupeta e jogou pelo vidro do carro, e nunca mais pediu!
Eu mesma chupei dedo até os 6 anos, só parei porque como quase todas as meninas da idade, queria ser bailarina e minha mãe disse que todos iriam rir de mim no palco por causa dos dedos que ficariam muito feios (nada como mexer na vaidade feminina não? rs). E nem meu dedo, nem meus dentes foram prejudicados (inclusive os dentistas sempre elogiaram minha dentição)
Então concluindo, temos que fazer o máximo para evitar, hoje o Lucas usa como hábito chupar o dedo e passar a cobertinha no rosto para dormir, eu devo retirar na marra? Não, porque, até que a criança esteja pronta para isso, as chances de sucesso não são lá muito altas, e nós dois podemos acabar nos frustrando.
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