sábado, 5 de outubro de 2013

Por que deixar chorar até que se durma realmente funciona?

Falando de (ou postando... rs) textos de outros sites, me lembrei desse que me ajudou muito quando eu buscava informações de como melhorar o sono do Lucas e pensei em usar um método de um livro famoso...
Amo o site Cientista que virou mãe e indico novamente pra vocês, esse texto abriu minha mente e espero que ajude a quem mais busca por essas informações...





A mãe passou 9 meses sonhando com a chegada do filho, preparando o ambiente para recebê-lo. Comprou um berço lindo, seguro e confortável, pronto para aquecê-lo quando chegasse, onde ele dormiria como anjo em suas sonecas diurnas e no longo e profundo sono noturno. Providenciou um pijaminha quentinho, que o ajudaria a dormir mais relaxado. Ganhou CDs de músicas para bebês, que sonhava em colocar para embalar o sono da cria.
Ela sonhava com uma rotina pós-nascimento linda: banhos de sol todos os dias (já reparou como nos sonhos não chove?), mamadas frequentes e abundantes, brincadeirinhas fofas, beijos, abraços, muito amor, o banhinho de fim de tarde, o pijaminha quentinho, o embalar para dormir, a música tranquila, a mãe cantando uma suave canção de ninar enquanto embala docemente seu bebê que, aos poucos, fecha os olhinhos e simplesmente dorme. Sonho perfeito: o bebê relaxa, dorme, tranquilo e feliz, até o dia seguinte, enquanto sua mãe aproveita o horário noturno para um tratamento de beleza, um retoque nas unhas, um livrinho bacana, um filme divertido, um estudo mais profundo ou um chamego com o companheiro.
Então, enfim, chegou o bebê.
E, junto com o bebê, chegou a vida real, pra acabar com tudo.
Tchau, sonho, um beijo pra você!
Por que raios a vida insiste em se meter nos nossos sonhos?! Nunca dá muito certo isso.


E então os planos não saem bem como o esperado e, de repente, o bebê não quer dormir.
Ele simplesmente quer ficar acordado com sua mãe, em seu colo quente e confortável, porque, afinal, ela é seu porto seguro e ele ainda não sabe que depois do dormir vem o acordar, que o devolverá a mãe que o sono levou. Ele sabe, apenas, que "DORMIU = SEPAROU".
Com a recusa do bebê em dormir, lá se foi para a Terra do Nunca o sonho feliz de Pollyanna.
Polly - vou chamá-la carinhosamente, porque acredito que ela habite em quase todas nós, ainda que se esconda bem - começa a se questionar sobre o que está fazendo de errado.
Será que mamou demais?
Será que mamou de menos?
Será que é a fralda?
Cólicas?
Coceira?
Dor em algum lugar?
Ansiedade?
Será um "bebê high need"? - não gosto muito desse nome, mas voilá.
"O que está acontecendo com meu filho?!"
Então, aquela amiga super experiente em assuntos de maternidade, ao saber que o filho de Polly não quer saber de dormir no horário e na rotina estabelecida (no sonho), que não quer saber de se comportar e de aceitar a rotina da família, prepara sua voadora, pega impulso, sai correndo e PÁ!, acerta em cheio, com os dois pés, o peito cheio de leite de Polly. E dispara (sem nem que alguém tenha pedido sua opinião): "Polly, amiga, meus filhos dormiam a noite IN-TEI-RI-NHA! Isso é MANHA, minha filha. Você precisa ensinar esse menino a dormir!".
E então, Polly se sente ainda pior...
Outras amigas, na tentativa de ajudá-la (todo mundo quer ajudar), também palpitam: "Polly, amiga, esse menino está te manipulando! Está de manha, de birra! Você não pode ceder, com o risco de estar criando um pequeno tirano".
Além de se sentir culpada e de pegar trauma da palavra "amiga" dita logo após seu nome, Polly entristece...
Puxa vida, com que facilidade seu bebezinho se transformou de um bebê normal em um manipulador de adultos! Será mesmo seu filho um pequeno tirano? Um serzinho perverso? Que usa de manhas e artimanhas para manipulá-la? Que fica confabulando sobre qual a melhor estratégia para manipular a tonta da mãe?
Polly entra em crise:

"Céus! Terei parido Darth Vader?!"

Polly se deprime...
Passa a achar que seu filho não é "como os demais", afinal "os demais" (os de suas amigas) dormem a noite toda. De duas uma: ou ela está fazendo alguma coisa errada mesmo, ou terá que admitir: pariu o rei do lado negro da força. Um bebê indisciplinado, manhoso, birrento, manipulador.

Polly então começa a busca por aprender a fazer o filho dormir. E descobre que existem algumas técnicas divulgadas em livros que GARANTEM que o bebê dormirá facilmente em poucas noites.
Polly ouve e lê alguns comentários sobre esses livros, gente dizendo que "Funcionou! É um milagre!", enche-se de esperança, o compra, lê e começa a "domar o seu bebê", no melhor estilo "Como domar o seu dragão".
Então ela aprende que tudo bem deixar seu bebê chorar até aprender a dormir porque, afinal, "por trás de um filho que dorme tranquilo, há uma mãe que dorme tranquila". Polly já tinha ouvido algumas mulheres falando sobre os prejuízos de se deixar chorar para que se "aprenda" a dormir. Gente que pesquisava sobre o assunto e que sabia da existência de muitos trabalhos científicos comprovando os prejuízos do choro como forma de treinamento. Mas Polly não as conhece, como pode dar ouvidos a gente que não conhece?

"E essa história de ciência, vocês vão me desculpar, mas isso não serve pra cuidar de filho, não. E olha: até aquela grande revista já mostrou que não tem problema deixar criança chorar. Até parece que essa mulherada vai saber mais que essa revista, né? Estou tranquila, estou respaldada, vou continuar com meu plano. Afinal, o doutor pedí diz aqui no livro que é infalível e minha amiga disse que funciona, que é um milagre!".

Então Polly começa a colocar em prática o método de treinamento.
Mas aí acontece algo pelo qual ela não esperava: ela não se sente bem.
Não se sente bem porque aquilo, para ela, não parece natural.
Não faz sentido, considerando seus próprios valores, fazer um bebê "aprender" com base no choro. Porque o choro, oras, é um sinalizador de que algo não está bem! Como ignorá-lo? Ler é uma coisa, fazer é outra. Dói em seu coração saber que seu bebê está chorando na tentativa de mostrar que precisa dela, e ela não o atender.
Então Polly decide abandonar as regras ditadas e seguir seu coração.
Vai até o berço, olha para seu filho e sente: não, você não é Darth! Vem com a mamãe, Luke!
O pega com carinho, o aninha em seus braços, junto ao seu peito, e dá seu colo a ele. E então, Luke para de chorar...
Luke queria o colo da mãe, a presença física da mãe, seu calor e as batidas do seu coração. Nesse momento, Polly percebe que, ainda que Luke não durma no horário que ela havia planejado, nem da maneira como havia pensado, uma coisa valiosa acontece: ela está tranquila com sua decisão. Aquela velha história de "o caminho escolhido tem um coração?"...
E por trás de uma mãe tranquila com sua decisão, há, com certeza, um bebê tranquilo.
Polly, então, passa a rever o seu percurso e chega à conclusão de que o erro estava no sonho. Porque embora fosse um sonho lindo, ele pecava em um ponto: desconsiderava totalmente o próprio bebê e sua personalidade. Em nenhum momento se pensou que aquele bebê não conhecia a rotina do lar onde ele chegou, como acontece exatamente com todos os bebês. Ele poderia se adaptar. Ou não. E o fato de se adaptar rapidamente não o torna um super bebê expert pró-master versão uploaded. Ou, ao contrário, o fato de não se adaptar não faz dele um bebê-problema.
Ele apenas é assim. Não quer dormir, quer ficar com a mãe, quer colo. Eu o entendo: colo de mãe é mesmo coisa boa demais.
Mas como é que fica aquele papo de que deixar chorar até que durma funciona mesmo?
Se funciona?
Claro que funciona!
Funciona sim.
E eu vou te explicar porque funciona.
Para isso, façamos algumas analogias.

  1. Um amigo seu pede para que você faça um grande favor a ele, coisa que vai demandar tempo, esforço e deixar suas próprias coisas de lado para ajudá-lo. Você faz de bom grado. Terminada a tarefa, seu amigo dá  tchau e vai-se embora, sem sequer agradecê-la ou abraçá-la. Qual a chance de você ajudá-lo novamente?
  2. Você conquista uma grande vitória no trabalho, chega em casa animada, feliz, e compartilha com seu companheiro a sua alegria. Conta tudo, nos mínimos detalhes. Assim que termina de contar, seu companheiro diz: "Dá um passinho pro lado, por favor? Tá passando Palmeiras e Santos". Qual a chance de você fazer a mesma coisa no dia seguinte, e no outro, e durante toda a semana?
  3. Uma amiga querida combina de te ligar para um café, já que faz tempo que quer te reencontrar. Ela liga uma vez, liga duas, liga três, liga quatro, liga cinco, mas você nunca pode. Qual a chance dela continuar tentando?
  4. Um aluno de 8 anos, em meio à aula, cria coragem e levanta a mão para fazer uma pergunta à professora. Ele pergunta e, na sequência, a professora vira as costas e continua falando sobre o que estava falando antes. Qual a chance dessa criança perguntar novamente?
  5. Você votou em um candidato político. Durante seu mandato, ele foi condenado pela justiça, teve seu impeachment decretado e ficou sem poder se candidatar por anos, por ter roubado uma imensa quantia de dinheiro que era destinada para projetos que ajudariam a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. Qual a chance de você votar nele novamente? (Ok, Brasil, pule para a próxima questão, não precisa responder...)

Ok. Acho que deu pra entender a semelhança em todos esses casos, não?
Sabe por que a chance de que esses mesmos comportamentos aconteçam novamente é mínima?
Porque aconteceu o que chamamos de EXTINÇÃO do comportamento.
A extinção de um comportamento acontece quando uma resposta deixa de ser reforçada, ou seja, quando há OMISSÃO do reforço. No caso do aluno de 8 anos que fez uma pergunta, por exemplo, o reforço para que ele continuasse participativo e interessado seria a professora ter dedicado atenção e empatia para responder ao seu questionamento. Como o reforço não aconteceu, então aquele comportamento tende a ser EXTINTO. Ou seja, é um procedimento eficaz para obter a diminuição gradual de algo. "Ahhh, olhaí! Viu?! Então, se eu quero que meu filho pare de chorar e aprenda a dormir, o processo de EXTINÇÃO do comportamento, por meio de não acalentá-lo, não pegá-lo no colinho, está certo mesmo! Ele vai parar de chorar e, enfim, irá dormir!".
Calma, amiga, ainda não terminamos. É preciso saber tudo sobre o processo...

Volte aos exemplos de 1 a 5 e responda: o que terá sentido aquela pessoa cujo comportamento não obteve resposta e que, provavelmente, também será extinto?
Como essa pessoa se sentiu? O que sentiu no momento em que a resposta que ela esperava que acontecesse, não aconteceu? É bom esse sentimento? Ele dá origem a boas coisas?
Como você se sentiu quando seu amigo não te agradeceu ou abraçou e como ficou sua relação com ele depois?
Como você se sentiu quando seu companheiro ou companheira não te deram o retorno emocional que você esperava nesse momento importante da sua vida? Será que rolou um DR depois?
Como será que sua amiga se sentiu - ou se sente - sabendo que você não consegue destinar um tempo a ela?
Como se sentiu o gurizinho de 8 anos quando a professora virou as costas à sua dúvida?
Como você se sentiu quando o seu candidato te roubou, e aos seus amigos, e aos seus filhos, e àqueles que passam dificuldades?
Não. Não são bons sentimentos...

Essa é a dimensão do problema.
Se deixar chorar funciona? Claro que funciona. Um comportamento realmente se extingue quando a resposta esperada não vem. Quando um bebê chora por algumas horas, por alguns dias, querendo o colo da mãe e a mãe, porque está colocando em prática um método que promete salvá-la, não dá aquilo que o bebê pede, ele tende a parar de chorar mesmo.
Agora, como será que ele se sente? O que te faz crer que a frustração e chateação que você sente quando não recebe resposta é diferente da dele?
Onde entra a Regra de Ouro nessa relação? Aquela, que sugere que tratemos os outros da maneira como queremos ser tratados (sádicos, vão dar uma voltinha agora, essa pergunta não é para vocês).

Os métodos baseados na extinção do comportamento realmente são válidos. Quase sempre.
Mas será mesmo que devem ser utilizados sempre, como um "guia"?
Pollyana não conseguiu. Ela se sentiu ferida por imaginar que os sentimentos do seu filho também poderiam estar sendo feridos.

Nesse método baseado em tentar extinguir o comportamento de chorar daquele bebê, podem acontecer alguns problemas, totalmente previstos pela teoria psicológica.
Um exemplo: se a mãe decidiu (mesmo que ela mesma esteja sofrendo com isso) ignorar o choro, ou não pegá-lo no colo, deixando o bebê chorar até que durma, mas o pai não conseguiu, ou a avó, ou a amiga, ou qualquer pessoa por perto que se sentiu aflita com o choro, e essa pessoa invadiu o quarto e pegou a criança no colinho, PREVEJA O EFEITO DISSO. A criança sabe que pode ser acalmada por um colinho, a família sabe que pode acalmar o bebê com o colinho, e o bebê sabe quem deu e quem não deu o colinho. E se você acha que, assim, está criando um tirano: desculpe, mas não é ele quem está no lado negro da força. Não acho muito coerente demonizar as crianças quando somos nós quem estamos negando acolhimento para que "aprendam o que queremos que aprendam, com base no nosso sonho ilusório".
Outra questão: a própria teoria afirma que, em algumas situações, pode ser cruel privar aquele indivíduo da atenção da qual precisava - e o CHORO é uma dessas situações. Porque o choro é um claro sinalizador de que algo não vai bem, indica dor, sofrimento emocional ou outra necessidade. Se uma criança está chorando e já é possível dialogar com ela, então que façamos isso. Mas um bebê tem no choro sua principal forma de comunicação. Não parece muito razoável que os ensinemos a deixarem de se comunicar quando precisam de algo, não é?
Uma última questão: o método da extinção do comportamento apresenta mais um ponto delicado. O processo de extinguir um comportamento (em nosso caso, o choro que antecede o dormir sozinho) pode produzir agressividade. Ah vá, que ninguém te contou?!
Por agressividade não estamos considerando somente a violência em si, mas a amplificação do comportamento que se quer extinguir. Ou seja: se o bebê foi deixado chorando, com a esperança de que, omitindo o acolhimento físico, ele vá se acostumar e finalmente dormir, esteja preparada para o fato de que ele pode, SIM, chorar ainda mais, no lugar de simplesmente dormir. Essa é uma situação prevista pela teoria.

É isso.
Se o método funciona?
Claro que funciona.
Ele para de chorar por extinção do comportamento e, com o tempo, dorme sem chorar - ainda que sua mãe não o embale - por condicionamento. A mãe o condicionou a isso. E ele não chora mais quando colocado para dormir sozinho porque aprendeu que não adianta chorar que sua mãe não vai pegá-lo no colo. Se alguém te disse que o que ele aprendia era "a dormir", te enganaram...
As teorias psicológicas não são mera teorização. Nossos comportamentos cotidianos, dos mais simples aos mais complexos, podem ser explicadas por elas.
Mas há que se ter sempre em mente os resultados das escolhas.
Sempre.
Não é ético ignorar uma parte do processo apenas porque ele não é tão bonito quanto você esperava que fosse. Também não adianta fingir que não existe.
O ideal é conhecer a fundo tudo, para que se possa escolher.
Polly não nasceu sabendo ser mãe - assim como todas as suas amigas. E as amigas das amigas.
Mas Polly preferiu ouvir seu coração que, de certa forma, é muito mais coerente com o que acontece no íntimo do seu bebê. Polly pegou para si a RESPONSABILIDADE de ser guiada por seu sentimento em relação ao filho. E pegar para si a responsabilidade disso é assumir os riscos inerentes. Porque uma coisa é dizer: "Mas eu só fiz o que o livro mandou" e outra bem diferente é dizer: "Sim, eu fiz porque eu quis, porque assim senti que devia fazer". Ainda assim, para Polly, foi muito mais tranquilizador do que simplesmente seguir um método que - SIM! - funciona.
Às custas de que? Aí é outra história. Que não é todo mundo que quer contar não...
Hoje, Polly e Luke (ou Padmé) vivem mais conectados. Luke sabe que, na hora de dormir, pode contar com o colinho de sua mãe.
Ainda que ele não durma do jeito que ela sempre sonhou...

E quem disse que nossos sonhos contêm aquilo do que realmente precisamos para sermos felizes?
Afinal, é na vida - e não no sonho - que vivemos.
Cuidado você deve ter, com fórmulas e métodos que salvadores se dizem. E também com os que, de manipuladores, as crianças chamam .
Já diria Mestre Yoda.

Existe uma mãe modelo ou um modelo de mãe?

Hoje em conversa com uma amiga, lembrei desse texto maravilhoso que li no site Vila Mamífera (muito bom, recomendo gente!) e resolvi postar aqui também, pois sempre nos culpamos porque a fralda vazou, porque ele gorfou, porque seu filho mais velho teve cáries, porque ele caiu, porque tomou sol demais, porque o pernilongo o picou... enfim, somos tão culpadas assim? Porque não somos como as mães do comercial de margarina? Ou aquelas das novelas, ou as super mães das telinhas de cinema? Será que Deus em sua infinita sabedoria nos deu um filho que não temos capacidade de cuidar? Será que nossos instintos são são o bastante? Será que exite uma mãe modelo ou um modelo de mãe?

Fonte: http://vilamamifera.com/mamiferas/gisele-bundchen-os-modelos-de-mae-e-a-maternidade-ativa/



Muitas amigas vieram comentar comigo a capa (supostamente) bacana de uma revista de celebridades, que esta semana estampou a modelo Gisele Bündchen com seus dois filhos no colo, por trás da estridente manchete em letras garrafais: ‘mãe modelo’. Gisele, como (quase todos) já sabemos, é adepta do parto natural e domiciliar, do aleitamento materno, da maternidade ativa, afetiva e consciente, e tudo mais.

Correndo o risco de ser considerada a chata-de-plantão-que-nunca-está-satisfeita-com-coisa-nenhuma, já vou dizendo que torci o nariz, #prontofalei. Mas eu explico: para além do (infame) trocadilho do título da matéria com a profissão de Gisele, a grande pisada no tomate da capa em questão (já adianto que não li a matéria e nem vou, falo apenas da chamada e da ideia vendida ali) é cair no (pisado e repisado) equívoco de personalizar um modelo materno, querendo definir o que seria a (óóóh) ‘mãe ideal’.

Equívoco, porque a gente já está mais do que careca de saber que isso não existe, é a maior balela, o maior tiro no pé, roubada das grandes, mesmo. Essa coisa de querer criar um ‘check-list’ da mãe bacana-natureba-orgânica-humanizada-cool-mamífera-roots-blábláblá. Piração, das boas.

Equívoco, porque como (quase todos) já sabemos, não existe ‘A’ mãe ideal. Existe a mãe que eu quero ser. E a mãe que você quer ser. E a mãe que a sua melhor amiga quer ser. E a mãe que a prima da vizinha da cunhada do padeiro quer ser. E existem escolhas. Existem caminhos. Existem possibilidades. E estampar uma mãe – Gisele, Francisca ou Maria, não importa – e conceder a ela o título de ‘mãe modelo’ reforça a ideia, totalmente errada, de que há um único jeito de maternar com consciência, com protagonismo, com afeto e responsabilidade.

Equívoco, porque cada mãe faz as escolhas possíveis dentro da própria realidade, levando em conta as suas prioridades, crenças, desejos, possibilidades, limitações – todos pessoais e intransferíveis. E como (quase todos) já sabemos, a maternidade (e aliás, a vida, em última instância) não é pista de corrida, não tem troféu nem pódio esperando pelo vencedor. A competição está na cabeça de cada uma, e em nenhum outro lugar. E esse papo de ‘mãe-modelo-de-qualquer-coisa’ acaba servindo só para reforçar animosidades, acirrar disputas, despertar inseguranças. Nada de bom, nada que ajude.

Equívoco, porque querer eleger um modelo (de maternidade, ou de qualquer outra coisa) faz esquecer que dentro de cada caminhada há escorregadelas, concessões, desvios e conquistas. Em todas as histórias, sem escapar uma. Você – é, você mesma, que me lê agora – certamente tem, neste ou naquele quesito, atitudes teoricamente mais ‘mamíferas’ do que as minhas, ou do que as da Gisele. E vice-versa. Eu, na minha caminhada materna de todos os dias, elejo aquilo que é importante. Como você faz também, vendo as coisas pelos seus olhos. E como fazem a Gisele, e a Francisca, e a Maria. Certas coisas serão fundamentais para mim, dispensáveis para você. E aquelas das quais você nem pensaria em abrir mão, talvez passem batido por mim. Certo? Errado? Nossa, tem tanta maravilha entre uma coisa e outra!

Pensemos em Gisele Bündchen, a modelo-mãe, a mãe-modelo, ou como queiram. Ela pariu em casa, amamentou, carrega no sling e blábláblá – e nesses pontos, #tamojunto. Mas ela, até onde eu sei, usa fraldas de pano (lembro de ter lido sobre isso em algum lugar, desculpem-me a falta de memória que me impossibilita de citar a fonte), coisa que eu não cogitei fazer, com nenhuma das três filhas. Em que isso a faz melhor do que eu? Em absolutamente nada. Eu, por outro lado, não furei a orelha das minhas meninas, como forma de respeitar seu corpo, de evitar intervenções desnecessárias. Gisele furou as orelhas da filha caçula. Em que isso me faz melhor do que ela? Em absolutamente nada.

Eu daqui, ela de lá (ela com uma conta bancária beeeeeem mais polpuda do que a minha, mas isso não vem ao caso!), vamos fazendo nossas escolhas. Caminhando da melhor maneira possível. Elegendo o que é importante, deixando algumas coisas de lado, num esforço consciente e determinado de todos os dias para vivenciar uma maternidade ativa, empoderada, consciente, amorosa. Não tem melhor, e não tem pior. Tem o meu, o dela, tem o seu e tem o do outro. Simples assim.

Modelos, para qualquer coisa na vida, são uma grande furada. Porque seres humanos são incomparáveis – nisto reside a nossa maior beleza. Querer enquadrar uma infinidade de pessoas diferentes, todas únicas em suas especificidades, em um modelo único, é limitar o que não pede limite – aliás, o que fica muito mais bonito sem qualquer tipo de limitação.
O único modelo de maternidade que você deve se esforçar para seguir é aquele que você enxerga quando olha no espelho de coração aberto: a melhor mãe que você pode ser. Isso não significa, de modo algum, ‘largar mão’ e fazer de qualquer jeito – significa apenas saber o que é importante para a mãe que você quer ser, eleger as suas prioridades (suas, e de mais ninguém) e batalhar por elas.

Então, por favor: menos modelos de mãe, e mais mães de cara limpa, de coração aberto, sem medo de mergulhar na experiência e cheias de vontade de dar o melhor de si. Bem mais bacana, né?

domingo, 22 de setembro de 2013

Retornando a vida sexual pós parto

Vamos falar de um assunto pouco discutido, mas também muito importante nessa fase pós parto.




Retomar a vida sexual pode parecer fácil quando se pensa nisso, mas nem sempre é tão simples quando se vive. Até porque durante os primeiros meses a mãe se dedica quase que inteiramente pro seu filho, e consequentemente não tem cabeça para si mesma ou para o parceiro.

Enquanto alguns casais não vêem a hora de passar a fase puérpera para enfim poderem namorar, outros não se sentem a vontade com isso e chega a virar um tabu no relacionamento.

É importante salientar que o diálogo é importantíssimo, ás vezes até por consequências do parto, algumas mulheres se sentem inseguras, mas é preciso compreensão, paciência e muito carinho. 

Então aproveitem esse momento para fazerem uma segunda lua de mel!

Segue abaixo algumas dicas:


1. Sexo não se resume à penetração

A maioria dos casais tende a considerar sexo apenas a relação genital. Mas não é bem assim, principalmente em uma fase em que a mulher se recupera de um parto. Tão importante quanto a cópula em si é o enamorar-se. A dica aqui é abusar de abraços, beijos e carícias. Dar as mãos sempre que possível, não poupar afagos, trocar galanteios e provocações, enfim, manter acesa a chama que une o casal. É claro que estão ambos exaustos, mas reserve alguns instantes para esses jogos de sedução, na hora do banho, no momento de dormir ou mesmo na cozinha, de surpresa. E deixe que o clima vá esquentando no decorrer das semanas, sem pressa.



2. Espere até que o corpo volte a ser o que era
A mulher precisa de tempo para se recompor de um parto, tanto do ponto de vista físico como emocional. Não existe um prazo pré-estipulado. Em geral, os médicos pedem que os dois aguardem pelo menos 42 dias para liberá-los totalmente para o sexo, mas o casal pode começar antes ou depois desse prazo. O parto normal permite uma retomada mais precoce das atividades sexuais, sem muito desconforto vaginal e dores. Já a cesariana requer um tempo adicional para o pós-operatório, o que significa de 60 a 90 dias sem uma relação completa. Agora, mais importante do que o prazo é o desejo do casal de realizar a primeira transa após o parto.

3. É normal perder a libido durante a amamentação
A produção do leite depende de um hormônio chamado prolactina. Além de garantir a amamentação, a prolactina também interfere na disposição sexual da mulher ao reduzir a libido e ressecar a vagina, um verdadeiro hormônio antissexo. Por isso, não vale a pena se culpar pela perda da motivação sexual. Além disso, amamentar sob livre demanda – recomendável até o bebê completar 6 meses – esgota qualquer mulher. Difícil sentir-se disposta com o cansaço, o sono, o estresse, a insegurança e a irritação típicos desse período. O casal deve conversar sobre isso para não haver cobranças desmedidas.

4. As emoções
O nascimento de um filho gera uma confusão emocional nos pais. Sensações e sentimentos se misturam, e o casal precisa de um tempo até se reequilibrar. Portanto, a retomada do sexo tem de ser avaliada dentro desse contexto. No caso da mulher, o parto psicológico, que é a separação psíquica entre mãe e filho, pode demorar até 90 dias após o parto fisiológico. Até lá, a mãe dedica-se quase exclusivamente ao filho, como se fosse uma extensão de seu corpo. Nessa fase, é bastante comum pais imaturos encararem o filho como um concorrente. Uma boa medida é tirar o filho do quarto dos pais até o fim desse terceiro mês. Já o marido pode passar a encarar a mulher como uma figura sacrossanta e ter dificuldade de tratá-la como parceira sexual. Tudo isso é absolutamente normal. O casal deve lidar de modo natural com a situação e buscar no carinho e no amor um caminho para retomar a vida sexual.

5. Exercícios preparam a mulher para o sexo
O corpo da mulher sofre profundas transformações durante a gravidez. Após o parto, tecidos e órgãos demoram algumas semanas até voltarem ao lugar. Uma boa maneira de favorecer esse processo é praticar exercícios físicos leves, sob a orientação médica. No caso de mulheres que estão preocupadas com a flacidez de sua região genital por causa do parto normal, a dica é praticar exercícios vaginais. Sim, as contrações vaginais ajudam a restabelecer a firmeza muscular da região. Passadas seis a oito semanas, com a liberação médica, vale a pena também retomar aos poucos as atividades físicas normais, o que aumenta a disposição para a primeira relação.

6. Masturbação pode ser uma boa válvula de escape
O homem é capaz de passar longos períodos sem sexo. Muitos permanecem virgens até a morte. Mas essa não é a regra. Em geral, o anseio sexual é uma marca masculina. Por isso, a masturbação não deve ser encarada como algo condenável. Pelo contrário, com o consentimento da mulher, ele se sentirá muito mais excitado para esperar a retomada do sexo a dois. Em muitos lugares, inclusive (nem tanto no Brasil), há homens e mulheres que apreciam ver o parceiro se masturbar sem intervir. Essa cumplicidade eleva a temperatura e prepara o terreno para a retomada do sexo.

7. O que fazer na hora H
O ritual da primeira relação após o sexo pode ser algo inesquecível, uma segunda lua de mel. Abuse da criatividade, não se imponha limites e fuja da monotonia. Vale tudo, desde que dê prazer ao casal. É possível que a lubrificação ainda não seja a ideal. Nesse caso, uma dica é, além de caprichar nas preliminares, usar lubrificantes convencionais ou estrogênio “não absorvido sistemicamente” (isso é muito importante porque, se esse hormônio passa para o leite da amamentação, pode causar problemas no bebê). Também compensa procurar acessórios para estimular o aparelho genital feminino e aumentar a lubrificação. Vença a inibição, visite uma sex shop, onde há brinquedos de todos os tipos.

8. Satisfação importa mais que orgasmo
As primeiras relações após o nascimento da criança devem ser guiadas pela busca da satisfação, e não necessariamente de orgasmo. Por isso, é importante que seja um processo gradativo, que comece com as primeiras carícias desde a chegada da maternidade e culmine com a penetração propriamente dita semanas ou meses depois. Mire o resgate do prazer e do desejo, e o resto virá a reboque.


Então é isso meninas, o ideal é que tenham um tempo só para vocês, se puderem deixar o baby com alguém por esse tempo seria bom, se não usem aquele tempo em que o cochilo do bebê é mais longo e aproveitem um ao outro, pois o amor entre vocês não pode esfriar. Os filhos vem para unir mais o casal, nunca para separá-lo, a cumplicidade trás mais amor e compreensão na vida a dois, então aproveitem essa fase para se unirem mais fisicamente também.

(Ao contrário do que dizem, meu casamento melhorou 100% após a chegada do Lucas, meu marido foi muito compreensível e não me forçou a esse momento, conversamos e decidimos que o momento certo seria aquele em que eu me sentisse bem, então naturalmente as coisas aconteceram, e com o tempo meu desejo voltou (sinceramente a libido caiu mesmo) e hoje é maior do que antes...)

Boa sorte e não esqueçam de se cuidar hein, leiam sobre métodos contraceptivos aqui:
http://neurosesdeumamae.blogspot.com.br/2013/09/metodos-contraceptivos-pos-parto.html

Fonte das dicas: Revista Abril

Métodos contraceptivos pós parto

Antes de retomar a vida sexual, há algo que é preciso discutir e decidir: como se prevenir de outra gravidez? Por mais que se queira ter um filho próximo ao outro, não é nem aconselhável que se engravide enquanto seu corpo ainda está voltando ao normal.
Para ajudar a vida de muitos casais, existem métodos para diminuir as chances ou até mesmo nunca mais engravidar. Por isso, segue alguns tipos, e o que precisa saber sobre cada um deles.

Confira os métodos contraceptivos que podem ser utilizados durante o aleitamento:

Sistema Intrauterino (SIU) liberador de hormônio  

Conhecido como DIU de hormônio, é uma estrutura inserida no útero, em formato de T, que contém em sua base vertical um cilindro com o hormônio progestagênio (levonorgestrel), que é liberado gradualmente. Tem alta eficácia, vantagem da praticidade, redução do fluxo menstrual e validade de até 5 anos. Após sua remoção, ocorre rápido retorno à fertilidade.



Dispositivo intrauterino (DIU)   

Estrutura em formato de T feita de plástico e cobre que, inserida dentro do útero, dificulta a passagem dos espermatozoides e tem validade de até 10 anos.
Após sua remoção, possui rápido retorno à fertilidade.



Implante subdérmico  

Trata-se de um bastão de progestagênio implantado sob a pele do antebraço que impede a ovulação por até 3 anos.
Após sua remoção, possui rápido retorno à fertilidade.



Laqueadura/vasectomia (irreversível)   

Na laqueadura, as tubas uterinas são bloqueadas, impedindo o acesso do espermatozoide ao óvulo. A vasectomia é uma cirurgia realizada no homem que interrompe os canais deferentes, impedindo que os espermatozoides cheguem à vesícula seminal e saiam com o esperma.



Injetáveis

O contraceptivo injetável trimestral possui apenas o hormônio progestagênio, que é liberado lentamente no sangue. Inibe a ovulação, altera o muco cervical e modifica o endométrio, fazendo com que algumas mulheres parem de menstruar durante o seu uso. Injetáveis mensais não devem ser utilizados durante o aleitamento.



Minipílula 

A pílula de progesterona, também conhecida como minipílula, protege da gravidez porque modifica o muco cervical impedindo a subida dos espermatozoides para o útero. Sua eficácia está diretamente ligada ao uso correto da pílula.


Camisinha   

Pode ser masculina ou feminina. É considerada um método de barreira, que traz o benefício adicional de dificultar a transmissão de doenças sexuais. Deve ser usada em todas as relações sexuais e em todos os momentos da vida. É descartável e deve ser substituída a cada nova relação sexual.  



Diafragma  

Trata-se de uma capa plástica ou de borracha que a própria mulher coloca dentro da vagina, criando uma barreira para a entrada de espermatozoides no útero. O diafragma deve ser retirado após 6 horas desde a relação sexual e não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.  



Espermaticida

Com um índice de falha que oscila entre 18% e 29%, trata-se de um produto que a mulher introduz na vagina antes de cada relação sexual e cuja ação química mata os espermatozoides. Deve ser usado com a camisinha ou o diafragma para maior eficácia.



Coito interrompido   

Durante a relação sexual, o pênis é removido da vagina antes da ejaculação. Não deve ser utilizado como método contraceptivo, pois apresenta um elevado número de falhas.

  
Tabelinha 

Com índices de falha de 5% a 25%, mulheres com ciclos menstruais regulares devem limitar as relações sexuais ao período não fértil, calculado por meio do intervalo e das janelas de tempo entre as menstruações. Durante o aleitamento, em razão da ausência de menstruação, não deve ser utilizada, pois não há data para prever o período fértil.



Método de ovulação

Com níveis de falha entre 3% e 25%, trata-se de um método natural no qual as relações sexuais são mantidas apenas no período em que a mulher não está fértil, quando o muco cervical – secreção eliminada pela vagina – se apresenta mais espesso e esbranquiçado. Muco fluido e transparente, por outro lado, indica período fértil. Se houve menstruação durante o aleitamento, deve ser vista com cautela.


Já não aconselho o método de amamentação e amenorreia, pois tenho uma conhecida que usou esse método e se mostrou falho. Comigo também não houve eficácia em nenhuma das duas vezes, porque á partir do 3° mês mesmo amamentando EXCLUSIVAMENTE minha menstruação voltou normalmente, segundo meu médico a data da ovulação também não é previsível, portanto o método se torna falho. Mas o que é? 
Trata-se de um método natural. A mulher que amamenta um bebê exclusivamente com leite materno por, no mínimo, quatro vezes ao dia e ainda não apresentou menstruação pode ficar protegida de uma nova gravidez por até 6 meses.


Fonte: www.gineco.com.br

Invista em conjuntos, camisetas...

Bom meninas, essa é só uma dica que julguei ser importante.

Estou admirada com a quantidade de roupas que o Lucas perdeu, e sinceramente me arrependi de apostar em macacões e bodys dessa vez. 
Quando tive o Luan eu dei sorte do meu sobrinho ser apenas 10 meses mais velho, e como não tenho frescura (questão de opinião claro...) com isso, herdei todas as roupinhas semi novas dele no Luan.

Já com o Lucas a coisa foi diferente, não guardei as roupas do Luan e tive que comprar tudo (tirando o que ganhei na gravidez). Realmente tinha muitas roupas, em sua maioria body e culotes (mijãozinhos), e no 3° mês ele já perdeu quase tudo. Isso porque ele é bem gordinho mas não tão comprido.

Então tive que fazer um segundo enxoval com conjuntos moletons (pois o frio aqui consegue ser constante e imprevisível ao mesmo tempo), camisetas e calças, conjuntos de calor (bermuda e camisetas) enfim, cheguei a comprar tamanho 1 que ele já usa em pleno 6 meses de vida.

O engraçado é que o Luan quase não usou roupas de bebês, sempre quis vesti-lo como um homenzinho. Já com o Lucas, creio que pelo fato de querer que essa fase passasse mais devagar, eu o vesti como um recém-nascido o máximo que pude, rs

Então fica a dica, comprem roupas que eles possam usar por mais tempo, o tempo passa rápido e eles crescem muito rápido, se vai fazer um enxoval compre o necessário para essa fase recém-nascido e deixe o principal para após os 4 meses de vida.

Filhos!

Depois de mais uma semana sem postar nada, lhes deixo um lindo texto que li a algum tempo, e que me tocou profundamente.


Pra aquelas que já tem filhos, pra que apenas são filhas e pras que querem ter filhos um dia...

Nós estamos sentadas almoçando quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'. 
'Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira. 'Você acha que eu deveria ter um bebê?' 
'Vai mudar a sua vida', eu digo, cuidadosamente, mantendo meu tom neutro. 

'Eu sei,' ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas.. .' 

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que se tornar mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável. 

Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar 'E se tivesse sido o MEU filho?' Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer. 

Olho para suas unhas com a manicura impecável, seu terno estiloso e penso que não importa quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzi-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor roupa sem hesitar nem por um instante. Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. 

Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem. 

Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro. 

Não importa quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe. 

Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida -- não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles. 

Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra. 

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. 
Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas. 

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados. Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos. 

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta. 

Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos. 

'Você jamais se arrependerá', digo finalmente. 

Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado que é ser Mãe.

domingo, 15 de setembro de 2013

Como fazer o bebê dormir a noite toda?

Depois de muito tempo longe (me perdoem mais voltei a trabalhar e essa nova rotina acaba comigo, mas o bom é que tenho vários textos novos em mente), voltei com uma questão muito procurada, já que é raridade um bebê recém-nascido dormir mais de 6 hrs por noite. Quando não acordam muitas vezes para mamar, eles resolvem trocar a noite pelo dia, e isso nos deixa como zumbis ambulantes.
Meu primeiro filho dormia muito bem, em torno de 23 hrs e só acordava ás 7 da manhã para mamar, depois dormia até ás 11 hrs. Mas como um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, com o Lucas foi o caos! Ele dormia só 4 da madruga, e acordava de 2 em 2 hrs pra mamar, resultado: eu estava ficando louca, tive crises terríveis de choro, e como meu marido já fazia tudo na casa não podia contar com ele pra revesar comigo né.
Enfim, isso durou dois meses, no terceiro ele dormia por mais tempo (umas 8 hrs por noite) mas só depois das 3 da manhã, e eu comecei a entrar em desespero já que um dia teria que voltar a trabalhar. Então por um milagre divino, no quarto mês fomos viajar pra casa de uns parentes no Rio de Janeiro e tivemos que nos adequar ao horário deles, então um dia o deixei no cantinho onde iria dormir e apagamos a luz, ele dormiu ás 22:00 e só acordou ás 9:00 do dia seguinte, e assim é até hoje, tem dias que ele dorme 12 hrs seguidas. 


Calma, tem jeito
É importante saber que até os 3 meses é inevitável que seu filho acorde a noite para mamadas ou trocas (tem bebê que fica incomodado por estar com a fralda suja, os meus nunca precisaram de trocas noturnas), portanto não crie expectativas irreais quanto a isso.

Mas é importante desde já saber o que fazer para melhorar a qualidade do sono do bebê como: 


  • Criar uma rotina

Tudo fica mais fácil de for sequencial, nosso cérebro tende a se acostumar com eventos cotidianos, assim também são com os bebês. Se você estipular uma rotina, ele vai saber o que vem depois, e assim entender quando é hora de dormir. Aqui em comecei pelo banho, já que sempre amamentei a livre demanda. Em torno de 20 hrs eu dou um banho relaxante, o troco conversando com ele, dou de mamar e deito no quarto com ele, então ele sabe que é hora de dormir (claro que antes dos 3 meses não funcionava, mas fazia mesmo assim)


  • Diferenciar dia de noite

Como ele trocou o dia pela noite, e eu é que sofri com essa história toda, tendo mais um pra cuidar também. Então aprendi que por mais cansada que estivesse, era necessário mostrar pra ele que o dia é para ficar acordado e a noite para dormir. Eu deixava a casa mais clara, abrindo janelas e portas e brincando mais com ele (quando acordado), fazendo mais barulhos, ouvindo TV mais alto... enfim, e de noite entrava a rotina do sono, onde os volumes abaixam, os movimentos também, e a ida para o quarto, deixando tudo escuro nos ajudou muito nesse processo.


  • Respeite o tempo de sono dele

Sabe aquela história de que se você o deixar cansado ele vai dormir cedo? Então, é balela. Pelo contrário, eles ficam mais irritados se estiverem com sono e ao invés de ajudar você estará atrapalhando o sono do seu bebê. Saiba respeitar suas sonecas e o tempo que ele precisa para descansar, afinal não bastarão 8 hrs por dia como nós.

Idade   Durante a noite    Durante o dia               Total
1 mês   8h 30min            7h (3 sonecas)               15h 30min
3 meses   10h                    5h (3 sonecas)               15h
6 meses   11h                    3h 45min (2 sonecas)      14h 45min
9 meses   11h                    3h (2 sonecas)               14h
12 meses  11h 15min            2h 30min (2 sonecas)     13h 15min
18 meses  11h 15min            2h 15min (1 soneca)       13h 30min
2 anos   11h                    2h (1 soneca)               13h

3 anos   10h 30min            1h 30min (1 soneca)       12h

Percebi que esperava demais dele, pra não ficar entediada eu deixava a TV ligada, e ele acabava assistindo comigo. Um dia estava cansada e coloquei ele no berço, apaguei tudo e fui dormir. E pasmem! Essa foi a primeira noite que ele dormiu cedo (23:00), e sozinho aqui em casa. Desde então, ele mudou seu ritmo de sono, e eu sempre o deixo dormir no berço sozinho, mesmo que queria fazer um chamego sei que é importante ele aprender a dormir sem meu peito, sem meu embalo, assim se acordar de madrugada ele pega no sono novamente sem minha intervenção. 

Bom é isso, espero ter ajudado um pouco. Juro que vou arrumar tempo para pesquisar mais e postar coisas legais para vocês, e se tiverem alguma dúvida podem escrever no comentário, se não quiser eu não publico (depende da minha aprovação para ser publicado).

sábado, 31 de agosto de 2013

Posso deixar meu bebê dormir de bruços?

Uma grande dúvida que tive, pois quando o Lucas tinha 1 mês só queria dormir de bruços e por causa das recomendações da OMS eu não conseguia dormir a noite toda, porque ele não queria dormir de barriga pra cima e porque se deixasse ele dormir de bruços ficava com medo dele engasgar e eu não ouvir.

Então cheguei no pediatra pedindo ajuda e eis o que ele me disse: "deixa ele dormir do jeito que quiser mãe", eu perguntei se não teria problema e ele me disse que como opinião pessoal achava que a pesquisa que interligou o mal súbita com dormir de bruços foi feita em outro continente e se mostrou muito falha, já que não se levou em consideração que as crianças que infelizmente sofreram isso já haviam demonstrado problemas cardíacos/respiratórios. Além do que por morarmos em um país tropical, não temos que cobrir os bebês com diversos cobertores, e que esse fato por si só já evita o sufocamento. A recomendação mundial até 5 anos atrás era da criança dormir de lado pra evitar engasgamento, há 4 anos mudaram pra dormir de barriga pra cima com a cabeça elevada já que mesmo que ele regurgite, o bebê coloca a cabeça de lado. Com base nisso ele disse que há 30 anos atrás o bebê podia dormir como melhor achasse e que em quase 40 anos na profissão nunca viu um caso de mal súbito com nenhum paciente.

Enfim, comecei a me sentir mais segura em deixar o Lucas de bruços (como precaução colocava a cabeça dele em cima de um travesseiro anti-sufocante (aqueles com vários furos) mas raparei que mesmo tão pequeno ele virava a cabeça sempre que queria, e no mês seguinte ele aprendeu a dormir de barriga pra cima sem reclamar, porém não gosta do travesseiro (até hoje) e sempre deu um jeito de escorregar dele.

Vi que o que serve pra um nem sempre serve pra todos, o Lucas é muito diferente do Luan, e como um ser individual que é tem gostos diferentes em fases diferentes, acho que ele se sentia mais seguro de bruços, era um mundo novo pra ele então dei o tempo que ele precisou para se acostumar com o nosso mundo e no final deu sempre tudo certo.

OBS: posto minhas experiências pessoais e acredito que como mães que nascem no mesmo dia que eles, fazemos o que achamos melhor, e conforme nos sentimos seguras de fazer independente de opiniões alheias, portanto não é uma recomendação e sim uma experiência compartilhada.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Relato da Gisele, parto do Matheus

Minha história - Gisele
Aos 16 anos comecei a namorar e fiquei um ano com ele, mais não deu certo e terminamos. Acabei ficando com depressão e tentei me matar várias vezes até ficar internada numa clinica. Depois dessa fase não muito agradável da minha vida decidi seguir em frente e esquecer as coisas que me faziam mal. 
Comecei a trabalhar em um mercado, onde conheci um rapaz e começamos a namorar. Dois meses depois que começamos a namora, comecei sentir enjoo e tontura, mas achava que era efeito dos remédios que tomava para depressão.
Como os sintomas não passavam e todos que estavam ao meu redor ficavam brincando falando que eu estava grávida devido os sintomas, resolvi fazer o teste de gravidez só por desencargo de consciência, mas para minha surpresa o teste deu positivo, como era aqueles testes que fazemos em casa achei que podia estar errado. Resolvi fazer um segundo teste para confirmar no posto de saúde perto da minha casa e o exame deu positivo pela segunda vez. Ainda não querendo acreditar que pudesse estar grávida decidi fazer mais um exame, dessa vez fui ao hospital fazer um exame de sangue. 
Os dias que antecederam o resultado do exame foram muito tensos, pois no fundo não queria que desse positivo mesmo já sabendo que isso poderia ser verdade. Então chegou o grande dia... Quando peguei o resultado do exame no hospital nem pensei duas vezes já fui logo abrindo o exame e o resultado deu positivo.
Foi então que resolvi contar para o meu namorado que estava grávida, eu esperava que ele falasse alguma coisa positivamente, mas o que veio do outo lado da linha foi um simples silêncio. Depois de uma longa espera resolvi perguntar se ele estava na linha, foi então que escutei pela primeira vez que um bebê na aquele momento da nossas vidas só iria atrapalhar e ele desligou o telefone. Ficamos uma semana sem se falar direito. No sábado fui a casa dele para podermos conversar, a única coisa que ele me pediu foi que eu tentasse tirar esse bebê.
Com muito medo e quase ficando com depressão de novo, no dia seguinte fui na casa dele, quando cheguei lá naquela tarde o meu então namorado juntamente com o seu irmão me deram um chá forte. Comecei a chorar muito, passei muito mal, vomitei na casa toda dele, e comecei a ter sangramento, para a felicidade do meu então namorado; Ele achou que eu tinha perdido o bebê e o tal chá tinha dado o seu efeito.
No final Março comecei a passar muito mal novamente, com muito medo fiz outro teste e deu positivo, para a minha surpresa. Chorando muito liguei pra ele falei que estava grávida, então ele falou se eu queria tenta tirar o bebê novamente , falei que não queria fazer isso de novo e que iria ter esse bebê.
Alguns dias depois resolvi conversar com minha mãe e contei que estava grávida, no começo achei que ela não iria aceitar a minha gravidez, pois para a minha mãe eu era muito nova, ao contrário dos meus pensamentos minha mãe me apoiou e me ajudo a gravidez inteira.
Gravidez
No começo de Abril fiz minha primeira ultrassom, com o apoio da minha mãe pois o pai do meu filho como vocês já devem ter percebido não estava do meu lado quando o assunto se tratava do meu pequeno filho. Na ultrassom conversando com a médica, uma pessoa muito atenciosa, descobri que já estava grávida de 2 meses e que tudo que o meu namorado até o momento tinha feito para eu perder o bebê no começo da gravidez tinha sido em vão.
A médica que estava fazendo minha ultrassom me informou que eu poderia ouvir o coraçãozinho do meu pequeno filho e que ele estava em perfeito estado. Quando comecei a escutar aquele coraçãozinho batendo foi aí que caiu a ficha que eu estava grávida e isso não era uma brincadeira. Eu estava tão feliz que numa tentativa boba de passar essa felicidade para o meu namorado, liguei pra ele para contar tudo o que tinha acontecido comigo e com o filho dele naquela tarde, porém minha tentativa foi em vão.
Como já imaginava depois daquele telefonema ficamos dias sem nos falar, quando ele resolveu falar comigo foi para falar que ia terminar o nosso relacionamento. Mesmo sabendo que isso poderia acontecer pelas atitudes dele, achava que ele poderia mudar de opinião, mas depois do que ele falou vi que meu mundo estava desmoronado aos poucos, mas ainda lá no fundo achava que ele ou sua família iriam me procurar para saber do bebê, ao contrário do que pensava eles nem quiseram saber se estávamos vivos. A minha gravidez foi meio agitada, passei por algum nervoso, mas com apoio dos meus pais meu bebe teve tudo. Fiz o pré-natal e o bebê foi crescendo muito bem.

No final de Novembro o médico falou que o bebê ia nascer no final de dezembro 2011. Mas comecei a ter algumas cólicas, minha mãe falou que era normal. 
Dia 11/12/2011 tive um pequeno sangramento logo pena amanhã, achei que tinha perdido o bebê fiquei com muito medo. Fui pro hospital e a médica me examinou e falou: o seu bebê já quer nascer. Fiz algum exame e a médica falou que tinha que ir para casa e esperar mais um pouco. Fiquei numa tensão o domingo todo. 
Parto
Dia 12/12/2011 logo pela manha fui ao hospital, fiz mais algum exame, como eu não estava tendo mais contrações, a médica falou que tinha que ser internada e que o bebê tinha que nascer, dei tchau para minha mãe e subi com as enfermeiras.
A médica me explicou que tinha que ser cesárea, se não o bebê ia nascer com problemas, naquele momento o meu coração parecia que ia sair pela boca. Entrei na sala o médico e as enfermeiras bem carinhosas me explicaram como ia ser.
A anestesista veio falar comigo e explicou tudo e falou pra eu ficar calma, ela ficou o tempo todo do meu lado... 11h30min escutei todos da sala falarem: nossa ele é enorme! Nasceu com 3,730kg e 47,5cm. Depois veio o choro. Eu nunca imaginei que uma coisa tão pequenina pudesse mudar tanto minha vida.


Bom depois de tudo que passei eu achava que nunca iria arranjar um namorado por ser mãe solteira, pelo relacionamento que tive no passado. Mas foi aí que tive depois de muito tempo uma linda surpresa, conheci um rapaz quando o meu bebê fez nove meses, que me ama e que ama o meu filho acima de tudo, que trata o meu bebê como se fosse o filho dele e faz de tudo por ele. Considero ele o pai sempre presente que meu filho não teve até o momento dele aparecer na nossa vida, ele é uma pessoa que sempre que pode ajuda o meu bebê em tudo, desde trocar a fralda dele até comprar um lanche e por isso que hoje meu filho chama ele de pai, pois ele é o verdadeiro pai do meu pequeno Matheus.
Levo comigo esse pequeno texto que me ajuda e me fez ver o sentido de ser mãe, pois você só sabe o que e ser mãe quando é uma.

Hoje que sou mãe!
Eu não imaginava que alguém tão pequenino pudesse fazer-me sentir tão importante.
Eu não tinha roupas manchadas.
Eu tinha calmas conversas ao telefone.
Antes de ser mãe ninguém vomitou e nem fez xixi em mim,
nem me beliscou sem nenhum cuidado, com dedinhos de unhas finas.
Antes de ser mãe eu tinha controle sobre a minha mente, meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos.
... eu dormia a noite toda...
Antes de ser mãe eu nunca tive que segurar uma criança chorando para que médicos pudessem fazer teste e aplicar injeções.
Eu nunca chorei olhando pequeninos olhos que choravam.
Eu nunca fiquei gloriosamente feliz com uma simples risadinha.
Eu nunca fiquei sentada horas e horas olhando um bebê dormindo.
Antes de ser mãe eu nunca segurei uma criança só por não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar quando não puder estancar uma dor.
Eu nunca imaginei que uma coisa tão pequenina pudesse mudar tanto minha vida.
Eu não imaginei que pudesse amar alguém tanto assim. Eu não sabia que eu adoraria ser mãe.
Antes de ser mãe eu não conhecia a sensação de ter meu coração fora do meu próprio corpo. Eu não conhecia a felicidade de alimentar um bebê faminto.
Hoje posso dizer que está valendo a pena cada segundo.
Hoje ele é minha vida, faço tudo por ele.
Amo ele mais do que tudo nesse mundo...

Tentando engravidar

Depois de vários meses sem postar nada por aqui, resolvi voltar a ativa. Tenho trabalhado bastante e tido pouco tempo pro blog, mas como sem...